quinta-feira, 9 de maio de 2013

Oclusão - Parte 2

Má Oclusão

 
 

Fonte: Gorrel, Cecília. Odontologia em Pequenos Animias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.





terça-feira, 7 de maio de 2013

Higiene do Canil


O canil é um ambiente atarefado, com grande movimentação tanto de animais como de humanos. Muitas doenças podem ser transmitidas não somente por via direta pelos animais, mas também por via indireta por meio de contato com material de suporte ou humanos. Portanto, é preciso dar atenção especial às jornadas dentro dos canis; se necessário, pode-se fazer uso de protetores plásticos para sapatos durante a movimentação de uma área particularmente suscetível ou um par de sapatos específico mantido para uso apenas nas áreas de quarentena. É possível evitar muitas formas de contaminação dessa maneira.
A proteção à saúde constitui o elemento essencial que define o ambiente onde vivem os cães alojados em canis. A prevenção médica apenas fecha o assunto com chave de ouro e jamais substituíra a proteção à saúde. Por isso, é particularmente importante garantir que suas regras de higiene sejam impecáveis.

Os princípios básicos de higiene


Em seu sentido mais amplo, a higiene significa todas as práticas utilizadas para preservar a saúde - saneamento, profilaxia médica, dieta e seleção genética. Aqui estamos tomando como exemplo a higiene em seu sentido mais estrito, envolvendo as medidas tomadas para garantir a higiene física (remoção de sujeira visível e, portanto, limpeza) e a limpeza microbiológica (remoção de microrganismos invisíveis e, portanto, desinfecção).
A limpeza consiste na operação mecânica ou química responsável pela remoção de matéria orgânica de determinado local; essa limpeza é realizada com o auxílio de detergente que, por meio de sua ação química, combinada com ficção vigorosa, remove o "biofilme" (película biológica) formado por bactérias presentes na sujeira ou poeira, eliminando a matéria orgânica e removendo ao mesmo tempo grande parte das bactérias. A desinfecção é uma medida momentânea com objetivos definidos, destinada a eliminar ou combater os microrganismos indesejáveis inativos carreados por contaminantes inertes na área. O procedimento de desinfecção é eficaz apenas na ausência de matéria orgânica e, por essa razão, deve ser efetuado necessariamente após a limpeza.

Desinfetante versus Antisséptico


O desinfetante atua em superfícies inertes, enquanto o antisséptico age sobre tecidos vivos; no entanto, as duas ações exercem efeitos a curto prazo, indicando a necessidade de repetição regular a fim de manter o nível de microrganismos abaixo do limiar.
O objetivo da desinfecção não é eliminar todos os microrganismos residuais e obter esterilidade completa do local, mas sim manter a concentração de microrganismos abaixo de certo limiar, ou seja, abaixo do risco de infecção. Ao se cometer erros no protocolo de limpeza/desinfecção, a concentração de microrganismos no ambiente aumenta e ultrapassa o limiar de risco de infecção, tornando os cães presentes suscetíveis à doenças.

Quais removedores (detergentes) e desinfetantes devem ser utilizados?


É essencial que o detergente utilizado em canis seja capaz de remover a matéria orgânica ácida representada  pelas fezes, o que significa que ele deve ser alcalino. Há muitos detergentes baratos disponíveis que não representam nenhum perigo aos animais, se utilizados de forma adequada. Em termos de desinfetante, no entanto, infelizmente não existem produtos eficazes contra todos os microrganismos que nos afetam. Por esse motivo, é útil alternar os desinfetantes e conhecer os principais agentes infectantes no ambiente, mas tendo o cuidado de não misturar os produtos. Se houver vários produtos para escolher, verificar se o produto é adequado para uso com animais e se ele foi aprovado pelas autoridades relevantes.
Também é uma boa ideia considerar a mudança de diluição e do tempo de contato, em relação à rugosidade ou não de suas superfícies. Alguns desinfetantes, incluindo aqueles à base de cloro, possuem espectro de ação relativamente amplo, tornando-os eficazes contra vírus envelopados (envelopes são estruturas que possibilitam a ligação do vírus às células do hospedeiro), bem contra aqueles não envelopados. Alguns desinfetantes são menos eficazes contra protozoários, como coccidioses. Embora alguns ovos de parasitas não sejam sensíveis ao calor, está se tornando cada vez mais comum o uso de equipamentos de desinfecção térmica em canis, como aplicação de vapor ou lança-chamas para horticultura.

Acima de tudo, limpeza e desinfecção...o conceito de higiene global em canil


O conceito de setorização é bem interessante. Nos diferentes setores da criação, há diversos microrganismos em quantidades variáveis: a concentração ambiental varia de acordo com o setor, por conta das diferenças na densidade populacional e no estado fisiológico dos animais em cada grupo. É essencial reduzir os riscos de disseminação de doenças, mantendo-se grupos menores de animais no mesmo estágio fisiológico. Isso reduz, mas não erradica, os riscos à saúde. É preciso ter cuidado para não confundir "controle" com "erradicação" - o objetivo não é viver em um ambiente estéril, mas sim reduzir a concentração dos microrganismos no ambiente a um nível suficientemente baixo para que o sistema imunológico dos animais atue e ainda confira proteção. Por exemplo, em uma unidade de maternidade, os filhotes ainda são imaturos e suscetíveis à doenças; é fundamental, portanto, reduzir a concentração ambiental significativamente mais do que para um grupo de adultos saudáveis, em quem essa concentração não representa tal ameaça à sua imunidade.
Esse princípio já está claramente estabelecido com as áreas mais limpas para os animais mais sensíveis (filhotes, por exemplo), em comparação aos animais que apresentam o maior risco para o restante da operação (quarentena). Tal princípio é um fator elementar na higiene, sendo comumente observado na indústria de alimentos para garantir que as rações sejam produzidas sem contaminação.
A ala da maternidade é a área de maior risco nos canis. É imprescindível a proteção dos filhotes contra possíveis contaminações por outros adultos alojados nesses estabelecimentos.

fonte: www.royalcanin.com.br

Oclusão - Parte 1


Fonte: Gorrel, Cecilia. Odontologia em Pequenos Animais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.


Vídeo Amy Bella Aguiar